Caros alunos,
Segue a resolução da avaliação do Módulo 9 capítulos 3 e 4 e Módulo 10 capítulos 1 e 2.
Leia a resolução com atenção e procure refletir sobre o tema estudado.
1. Escrito em 1880, o livro de Friederich Engels, Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico, buscou discutir os limites do chamado Socialismo Utópico.
Os filósofos do Socialismo Utópico acreditavam que a partir da compreensão e da boa vontade da burguesia se poderia transformar a sociedade capitalista, eliminando o individualismo, a competição, a propriedade individual e os lucros excessivos, todos responsáveis pela miséria dos trabalhadores. Como alternativa àquela corrente, Engels e Marx propunham o Socialismo Científico.
Segue a resolução da avaliação do Módulo 9 capítulos 3 e 4 e Módulo 10 capítulos 1 e 2.
Leia a resolução com atenção e procure refletir sobre o tema estudado.
1. Escrito em 1880, o livro de Friederich Engels, Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico, buscou discutir os limites do chamado Socialismo Utópico.
Os filósofos do Socialismo Utópico acreditavam que a partir da compreensão e da boa vontade da burguesia se poderia transformar a sociedade capitalista, eliminando o individualismo, a competição, a propriedade individual e os lucros excessivos, todos responsáveis pela miséria dos trabalhadores. Como alternativa àquela corrente, Engels e Marx propunham o Socialismo Científico.
Com base nessa
informação:
a)
Caracterize a alternativa proposta por Engels e Marx - o Socialismo Científico
- em relação ao papel dos trabalhadores na transformação da sociedade.(1) H4
b)
Mencione uma proposta levada a efeito pelos socialistas utópicos. (1) h25
Resposta:
a)
O aluno deve considerar:
-
responder que, para os socialistas científicos, somente os trabalhadores,
através de sua organização e de uma ação revolucionária para tomar o poder,
seriam capazes de transformar a sociedade capitalista, eliminando as
desigualdades e a miséria;
-
discutir a proposta do socialismo científico, destacando a luta entre os que
detêm os meios de produção (a burguesia) e os que possuem apenas a força de
trabalho (proletariado), ressaltando que - na ótica de Marx e Engels - os
interesses das duas classes sociais são irreconciliáveis, daí a noção de luta
de classes;
-
destacar que o socialismo científico ganhou força na segunda metade do século
XIX, posto que veio a ser a base das conquistas pela melhoria das condições de
trabalho e de salário do proletariado;
-
ressaltar que o socialismo científico - como força política - modificou
profundamente o estilo da vida pública, introduzindo novos métodos de análise
da sociedade, constituindo-se como uma força de oposição ao status quo;
-
enfatizar, ainda, que o socialismo científico preconizava o fim da exploração
do homem pelo homem e a defesa da construção de uma sociedade sem classes, com
o desaparecimento gradual do Estado.
b)
Uma das seguintes respostas poderá ser dada:
-
para Fourier, os socialistas deveriam fundar comunidades - modelo denominadas
"falanstérios", nas quais todos os participantes experimentariam as
várias formas de trabalho, evitando a inveja e a especialização do trabalho.
-
para Louis Blanc, os socialistas deveriam reivindicar a criação de fábricas -
cooperativas, em associação com o Estado.
-
para Robert Owen, os socialistas deveriam organizar associações de produtores,
incluindo os proprietários e os trabalhadores, que dirigiriam as fábricas,
tornando os meios de produção coletivos.
-
para Saint-Simon, o socialismo viria da ação filantrópica dos capitalistas que,
através da diminuição dos seus lucros, aumentariam os salários dos
trabalhadores, chegando a uma sociedade de iguais.
2. Observe este cartaz
comemorativo da Comuna de Paris:
A
partir da análise desse cartaz e considerando outros conhecimentos sobre o
assunto:
a) Descreva o
contexto histórico que motivou a revolta que deu origem à Comuna de Paris, em
1871. (1) H13
b)
Cite duas medidas adotadas pelo governo constituído pela Comuna de Paris. (1)
H11
c)
Explique como cada um dos dois elementos representados no cartaz – a mulher e
os dois homens – se relacionam com o contexto da Comuna de Paris. (1) H14
Resposta:
a) A Comuna de Paris foi
uma insurreição operária de março a maio de 1871, quando o novo governo
francês, liderado por Adolphe Thiers, subordinou-se às exigências de Bismark,
após a vitória prussiana sobre a França. Se, para os alemães o momento
representa a conclusão da unificação, para os franceses representou o fim da
ditadura de Napoleão III e a perda de territórios.
b) Influenciado por ideias socialistas, o
governo da Comuna, instituído em março de 1871, adotou um conjunto de medidas
que buscaram favorecer as massas trabalhadoras, destacando-se a abolição do
trabalho noturno, a redução da jornada de trabalho, a concessão de pensão a
viúvas e órfãos, a substituição dos antigos ministérios por comissões eletivas
e a separação entre Igreja e Estado.
c) A figura
da mulher popular resgata a imagem tradicional de “Marienne”, associada à
liberdade. É verdade que Marienne e a Revolução Francesa são símbolos do
liberalismo burguês, enquanto que, na gravura acima, a mulher representa a
liberdade, sob ponto de vista popular. Do lado esquerdo há a imagem de um
trabalhador urbano e, do direito, de um trabalhador rural, reforçando o caráter
popular e socialista do movimento.
3. O cartaz abaixo
parte de uma campanha sindical pela redução da jornada diária de trabalho, foi
divulgado em 1919 pela União Interdepartamental da Confederação Geral dos
Trabalhadores da Região do Sena, na França.
Tradução
dos escritos do cartaz: “União dos Sindicatos de Trabalhadores do Sena”. “As 8
horas”. “Operário, a regra foi aprovada, mas apenas sua ação a fará ser
aplicada”.
a) Identifique um
elemento visual no cartaz que caracterize a principal reivindicação dos
sindicatos e o explique.(1)H15
b)
Identifique e analise a visão de luta social que a cena principal do cartaz
apresenta.(1) H15
Resposta:
a) O relógio do cartaz marca oito horas,
numa alusão à principal reivindicação dos trabalhadores franceses naquele
momento: a jornada de trabalho de oito horas. Desde a primeira Revolução
Industrial, quando a jornada de trabalho chegava a 15 horas diárias, os
operários procuraram se organizar e reduzi-la, como forma de melhorar o padrão
de vida.
b) A principal cena de luta social é
identificada pelos dois grupos de operários puxando os ponteiros do relógio. Os
dizeres do cartaz nos dão a ideia de seu significado: apenas com a aliança e
organização dos trabalhadores a lei aprovada será efetivamente cumprida.
4.
Os líderes dos
estados do Norte dos Estados Unidos, durante o movimento contra o Sul
escravista na Guerra de Secessão (1861-1865), tinham ideias a respeito da
escravidão que podem ser resumidas com a seguinte frase: a escravidão era, para
eles, “remanescente de um mundo agonizante de barão e servo, nobre e escravo”.
(Adaptado
de MOORE Jr., Barrington. As origens sociais da ditadura e da democracia.
São Paulo: Martins Fontes, 1983).
De acordo
com a Constituição norte-americana, de 1787, cada estado da federação poderia
decidir pela manutenção ou não do trabalho escravo. A permanência da escravidão
no Sul, no entanto, ampliou os conflitos com o Norte do país, levando à Guerra
de Secessão.
Indique
uma oposição de ordem política, econômica ou social entre os estados do Norte e
os do Sul que tenha contribuído para deflagrar a guerra civil. Apresente,
também, a principal consequência político-econômica da vitória dos estados do
Norte para o país.
Resposta:
Uma oposição: o Norte
dos EUA era manufatureiro, industrial; o Sul dos EUA era agrário, rural.
A
principal consequência: o ideal manufatureiro/industrial do Norte atingiu o Sul
após a guerra, marcando em definitivo a formação progressista dos EUA.
5. No
fim do século XIX, Frederick Jackson Turner elaborou uma tese sobre a
“fronteira” como definidora do caráter dos Estados Unidos até então. A força do
indivíduo, a democracia, a informalidade e até o caráter rude estariam
presentes no diálogo entre a civilização e a barbárie que a fronteira propiciava.
As tradições europeias foram sendo abandonadas à medida que o desbravador se
aprofundava no território em expansão dos Estados Unidos.
Em
relação à questão da fronteira nos Estados Unidos, responda:
a) De
quais grupos ou países essas terras foram sendo retiradas no século XIX?
b) O
que foi o “Destino Manifesto” e qual seu papel nessa expansão?
Resposta:
a)
Grupos indígenas, França, Espanha, México (destaque para a Guerra dos EUA
contra o México), Rússia.
b)
Os EUA ligavam a sua expansão territorial a uma missão divina de levar o
progresso e a liberdade aos povos e territórios conquistados.
6. A
charge a seguir, publicada na França em 1885, refere-se a um episódio
específico de um fenômeno histórico, cujas repercussões atingiram diversos
continentes até as primeiras décadas do século XX.
Analise os elementos que compõem a charge e responda:
a) Qual o fenômeno histórico a que ela faz referência? Entre o
século XIX e as primeiras décadas do século XX, que relações de poder existiam
entre as nações?
b)
Mencione dois aspectos (acontecimentos ou ideias) que se relacionam a esse
fenômeno histórico.
Resposta:
a) Fenômeno Histórico
- Novo colonialismo/neocolonialismo – século XIX ou
- Novo imperialismo/neoimperialismo – século XIX ou
- Imperialismo na África e na Ásia ou
- Partilha da África/Ásia pelos países europeus ou
- Conferência de Berlim (1884-1885).
Relações de poder:
As relações entre as potências europeias eram marcadas por muitas
tensões, conflitos e disputas pelo domínio de vastas áreas na Ásia e na África.
As relações entre as potências europeias e os territórios
“colonizados” eram marcadas pelo domínio político e econômico.
b) ACONTECIMENTOS/IDEIAS QUE MARCARAM O
NEOCOLONIALISMO
- Expansão do capitalismo industrial, que necessitava de novos
mercados para solucionar crises de superprodução.
- Investimento de capitais excedentes, que eram aplicados na Ásia
e na África.
- Implantação, nos territórios coloniais, de empresas de serviços
e de bancos.
- Ideologia da missão civilizadora dos europeus. Essa missão era
vista como o “fardo do homem branco”.
- Difusão das ideias do “darwinismo social”, que justificava, pela
lei da seleção natural, o domínio da espécie mais evoluída.
- Expedições científicas e missões religiosas, que possibilitaram
o contato com realidades geográficas, naturais e sociais ainda desconhecidas
dos europeus.
- Instalação de excedentes populacionais da Europa nas áreas
coloniais.
- Conquista de bases estratégicas para a segurança do comércio
marítimo das nações europeias.
- Posse de armas sofisticadas, que garantiram a supremacia
europeia por quase toda a África.
- Conhecimentos científicos, que preveniam doenças (malária), e a
navegação a vapor, que facilitava o deslocamento para os territórios
colonizados.
- Conflitos étnicos na África, em razão das fronteiras definidas
pelos países europeus na Conferência de Berlim.
- Disputas por territórios coloniais pelas potências
imperialistas, ocasionando a Primeira Guerra Mundial.
- Revoltas e rebeliões dos povos dominados: Guerra dos Cipaios,
Guerra dos Bôeres, Guerra dos Boxers.
- Difusão da cultura europeia nos territórios colonizados.
7. Segundo o historiador Edward Said, “o lucro e a
perspectiva de mais lucro foram, evidentemente, de enorme importância, mas o
imperialismo não é só isso” (Cultura
e Imperialismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 41). Comente essa afirmação, demonstrando as
principais motivações que impulsionaram o imperialismo europeu no século XIX.
Resposta:
O
imperialismo implica em um processo de dominação completa e complexa, promovida
por grandes potências econômicas sobre regiões africanas e asiáticas. A
“perspectiva de lucro” demonstra o principal interesse econômico das potências
que expandiam a industrialização, no sentido de explorar recursos minerais e
promover investimentos nas áreas dominadas. Ao mesmo tempo, os países
imperialistas promoveram a dominação militar, usando a força para desestruturar
as economias naturais e as formas tradicionais de organização social, além de
se utilizarem das religiões cristãs para impor novos valores éticos e morais.
Segundo o líder da independência do Quênia, Jomo Kenyatta, “Quando os brancos
chegaram, nós tínhamos as terras e eles a bíblia, depois eles nos ensinaram a
rezar; quando abrimos os olhos, nós tínhamos a bíblia e eles as terras”.
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