Caros Alunos,
Segue a correção da avaliação do Módulo 4
Leia atentamente a resolução e reflita sobre sua resposta na prova;
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1. A cidade antiga
(grega, entre os séculos VIII e IV a.C.) e a cidade medieval (europeia, entre
os séculos XII e XIV), quando comparadas, apresentam tanto aspectos comuns
quanto contrastantes.
Indique aspectos
que são
a) Comuns às cidades antiga e medieval. (1)
Vínculos entre a
área urbana e seu entorno rural; autonomia política, intensa atividade
comercial e noção de cidadania entre seus moradores.
b) Específicos de
cada uma delas. (1)
Aspectos
específicos: as cidades gregas caracterizavam-se pelo planejamento urbano e
pelas boas
condições de limpeza, ao passo que as cidades medievais apresentavam ruas
estreitas e tortuosas, espaço delimitado por muralhas, além de péssimas
condições de salubridade.
2. No Natal de 800, o
papa Leão III coroou Carlos Magno como Imperador dos Romanos. O Imperador
recebeu o antigo título de Augusto.
a)
Caracterize a autoridade de Carlos Magno como Imperador naquele momento.
b)
Apresente dois aspectos do renascimento carolíngio.
Resposta:
a)
A coroação de Carlos Magno como “Imperador dos Romanos” feita pelo papa Leão
III ocorreu após uma aproximação de Magno e da Igreja Católica. Leão III, na
verdade, corou Magno como Imperador do Sacro Império Romano Germânico. Magno,
assim, tornou-se um grande defensor e disseminador da fé cristã pelos
territórios já existentes e futuramente conquistados no citado Império.
b)
Durante o governo de Carlos Magno, o Império Carolíngio atravessou uma fase de
grande crescimento e esplendor, em especial nas áreas educacional e artística.
Magno promoveu projeto educacional baseado nas artes liberais, a saber, aritmética, geometria, astrologia, música,
gramática, dentre outras. No campo artístico, influenciada pelas artes romana e
grega, a arte carolíngia caracterizou pela feitura das iluminuras e dos relicários.
3. Era uma doença
exótica, contra a qual os organismos dos europeus não tinham defesas. Veio da
Ásia pela rota da seda. Veja: a epidemia, essa catástrofe, é, portanto, também
um dos efeitos do progresso, do crescimento.
(Georges
Duby. Ano 1000, ano 2000. Na pista de nossos medos, 1998.)
O
texto refere-se à peste que atingiu a Europa no século XIV. Indique dois
fatores, além da falta de defesa dos organismos dos europeus, que ajudaram na
propagação da doença, e explique a associação, feita pelo texto, da peste com o
progresso.
Resposta:
[Resposta do ponto
de vista da disciplina de Biologia]
A
peste bubônica e a pneumônica são causadas pela bactéria Yersina pestis e transmitida pela picada da pulga de ratos (Xenopsilla cheops). A propagação da
doença na Europa, no século XIV foi favorecida pelas péssimas condições dos
aglomerados populacionais e a inexistência, na época, de meios de tratamento da
infecção.
[Resposta do ponto
de vista da disciplina de História]
Um
conjunto de fatores pode ser considerado para a contribuição da propagação,
como a precariedade das condições de higiene nas cidades, a precariedade de
hábitos de higiene pessoal ou o desconhecimento das causas da doença. O
comércio europeu atravessava um momento de grande desenvolvimento, conduzido
principalmente por mercadores italianos que passaram a dominar as rotas e
portos do Mar mediterrâneo. Na Europa havia grande efervescência do comércio e
da vida urbana.
4. E, com
efeito, concedemos a Moisés o Livro, e fizemos seguir depois dele, os
Mensageiros. E concedemos a Jesus, Filho de Maria, as evidências e amparamo-lo
com o Espírito Sagrado. E, será que cada vez que um Mensageiro vos chegava, com
aquilo pelo que vossas almas não se apaixonavam, vós vos ensoberbecíeis?
Então, a um grupo desmentíeis, e a um grupo matáveis.
Então, a um grupo desmentíeis, e a um grupo matáveis.
[...]
E, quando lhes chegou um Livro da parte de Alá, confirmando o que estava com eles – e eles, antes buscavam a vitória sobre os que renegavam a Fé – quando, pois, lhes chegou o que já conheciam, renegaram-no. Então, que a maldição de Alá seja sobre os renegados da fé!
E, quando lhes chegou um Livro da parte de Alá, confirmando o que estava com eles – e eles, antes buscavam a vitória sobre os que renegavam a Fé – quando, pois, lhes chegou o que já conheciam, renegaram-no. Então, que a maldição de Alá seja sobre os renegados da fé!
Alcorão, 2:87 e 89
Tradução do sentido
do Nobre Alcorão para a língua portuguesa. NASR, H. (trad.),
Complexo do Rei Fahd para imprimir o Alcorão Nobre: Medina, s./d.
Complexo do Rei Fahd para imprimir o Alcorão Nobre: Medina, s./d.
a) Compare, do ponto de vista doutrinal, a religião muçulmana e as
religiões judaica e cristã.
b) A Península Arábica no século VI caracterizava-se pela dispersão
política e religiosa. Como a religião muçulmana favoreceu o processo de
constituição de uma unidade político-religiosa na região?
c) Durante o século VII, além da expansão islâmica, surgiu a divisão
entre sunitas e xiitas, que se mantém até os dias de hoje. Quais foram os
motivos de tal divisão no século VII?
Resposta:
a)
Considera-se que a formulação da doutrina muçulmana pelo profeta Mohamed foi
marcada por forte influência do judaísmo e do cristianismo. Enquanto participou
das caravanas mercantis, Mohamed conheceu outros povos e religiões e percebemos
elementos que permitem estabelecer uma ligação, tais como o monoteísmo, a
existência de um livro sagrado, a presença do anjo Gabriel como anunciador da
vontade divina e a crença em um paraíso.
b)
Antes do islamismo os povos árabes estavam divididos politicamente em tribos e
possuíam vários deuses. Para os muçulmanos Mohamed é o último profeta /
mensageiro de Deus. Do ponto de vista histórico, sua grande realização foi
promover a unificação dos povos árabes, do ponto de vista político e religioso.
A Crença num único Deus e a consequente luta pela imposição dessa ideia a todas
as tribos, deram origem a um processo de centralização, com a criação do Islã,
sob comando do califa, autoridade política e religiosa.
c)
A divisão está associada às lutas internas pelo poder sobre o Islã, logo após a
morte do profeta. Para os xiitas, seguidores de Ali, apenas os descendentes
diretos de Muhammed poderiam liderar o Islã, enquanto que para os sunitas a
liderança caberia a qualquer mulçumano virtuoso.
5. Considere a seguinte afirmação sobre o termo bizantino:
“É essencial lembrar que bizantino não tem conotação
étnica, mas civilizacional (...). O termo bizantino foi vulgarizado
apenas a partir do século XVI, depois do desmembramento do império, que, em
vida, se via como herdeiro e continuador do império Romano.”
(FRANCO JR., Hilário; ANDRADE
FILHO, Ruy de Oliveira. O Império Bizantino. SP: Brasiliense, 1987, p.
7-8)
a) Em que medida o Império Bizantino
pode ser considerado herdeiro e continuador do Império Romano?
b) Estabeleça as diferenças entre esses
dois impérios entre os séculos V e VII.
Resposta:
a)
O Império Romano foi construído ao longo de séculos, a partir de conquistas
militares, com a subordinação de diversos povos. O Império Bizantino nasceu da
crise e subdivisão do Império Romano e representou, geograficamente, sua porção
oriental.
b)
O Império Bizantino sobreviveu à crise graças aos vínculos econômicos que
estabeleceu com diversos povos e regiões orientais.O Império Bizantino manteve
a estrutura política centralizada, com extensa burocracia, e organizou sua
estrutura jurídica com base no Direito Romano.
6. Durante o período das Cruzadas, São Bernardo de
Claraval (1090-1153) escreveu:
“Mas os soldados de Cristo combatem confiantes nas batalhas do
Senhor, sem nenhum temor de pecar por pôr-se em perigo de morte e por matar o
inimigo. Para eles, morrer ou matar por Cristo não implica qualquer crime, pelo
contrário, traz a máxima glória. (...) Em outras palavras: o soldado de Cristo
mata com a consciência tranquila e morre com a consciência mais tranquila
ainda.”
(São Bernardo de Claraval apud COSTA, Ricardo da. Apresentação: A
Cruzada Renasceu? BLASCO VALLÈS, Almudena, e COSTA, Ricardo da (coord.). Mirabilia
10. A Idade Média e as Cruzadas. jan.-jun. 2010/ISSN 1676- 5818, p. XIII)
a) No que se refere às Cruzadas no
período medieval, determine quem eram esses soldados de Cristo referenciados no
trecho acima.
b) Análise as motivações para empreender
suas batalhas e quais as suas consequências para o mundo ocidental daquele
período.
Resposta:
a)Os
“soldados de Cristo” eram todos os cristãos europeus que participaram das
Cruzadas, em sua maioria, camponeses, liderados por nobres e reis.
b)
Para a massa dos participantes, o verdadeiro motivo era a fé, a luta contra os
infiéis muçulmanos e a libertação da Terra Santa; no entanto, havia diversas
outras motivações de cunho econômico e político. As cruzadas foram responsáveis
pela abertura do Mediterrâneo ao comércio entre o ocidente e oriente,
contribuindo para o renascimento comercial e urbano vivido pela Europa durante
a baixa Idade Média.
7. A Idade Média, na
Europa, foi caracterizada pelo aparecimento, apogeu e decadência de um sistema
econômico, político e social denominado “feudalismo”. Esse sistema começou a se
estruturar na Europa, ao final do Império Romano do Ocidente (século V),
atingiu seu apogeu no século X e registrou-se o seu declínio ao final do século
XV.
(MELLO; COSTA, 1994, p. 235).
De
acordo com o texto e com os conhecimentos sobre o sistema econômico e
político-administrativo que caracterizou o feudalismo na Europa, indique uma característica do seu apogeu, no
século X, e um fator responsável pelo seu declínio no final do século XV.
•
Século X — apogeu:
•
Século XV — declínio:
Resposta:
Século
X – apogeu:
Características:
•
vigência das relações de suserania e vassalagem;
•
complexa hierarquia feudal, baseada nas relações de dependência entre os
diferentes papéis representados pela nobreza;
•
confirmação do poder figurativo dos reis;
•
fortalecimento da sociedade estamental, legitimada pela ideologia católica
expressa na “Cidade de Deus” de Santo Agostinho.
•
fortalecimento do feudalismo como modo de produção: terra/servidão/economia fechada
e autossuficiente.
Século
XV – declínio:
Fatores
responsáveis:
•
crescimento demográfico na Europa Ocidental criando novas demandas de consumo;
•
renascimento das cidades e ocorrência de lutas visando à autonomia por parte
das mais fortes e desenvolvidas;
•
revolução comercial na área europeia/mediterrânea, trazendo novas práticas
financeiras e comerciais;
•
mudanças na estrutura social com a formação da burguesia comercial;
•
guerra dos Cem Anos;
•
peste Negra;
•
formação das monarquias nacionais e expansão marítimo-comercial.
Vale destacar
que essa cronologia e interpretação são tradicionais e podem variar. Muitos
historiadores consideram que, a partir do século XI a Europa vivenciou o apogeu
do feudalismo.
Segundo a
divisão que adotamos, a questão deve ser enquadrada em duas classificações,
Alta e Baixa Idade Média.
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