O 7 de setembro de 1822
Com é de conhecimento de todos os brasileiros o dia 7 de setembro de 1822 é uma data histórica, para muitos a mais importante. O marco da independência política é por vezes confundida com a ideia de que os brasileiros passaram a decidir os rumos da nação. Devemos lembrar que em meio aos processos de emancipações políticas da América Latina, o Brasil passou por um processo singular, graças a chegada do corpo administrativo com a família real em 1808. Fato que promoveu a construção de uma estrutura administrativa eficaz.
A revolução promovida pelos portugueses em 1820 (Revolução do Porto), exigia o retorno da família real e com ela de toda a estrutura administrativa lusitana. Entre as propostas de restruturação do Estado luso, por parte das Cortes, estava o desejo de anular todas as leis posteriores a 1808, ou seja a da abertura dos Portos e a que elevara a colônia do Brasil a Reino Unido. Para muitos esses seriam os motivos de revolta das elites brasileiras, no entanto, pouco se discute o conflito entre as Cortes e a família real, uma vez que a construção de uma monarquia parlamentar anulava a séculos de centralização política na figura do Rei.
Para uma grande parcela de historiadores a emancipação política em relação aos portugueses se dá em 1831, com a abdicação de D. Pedro I e da substituição de parte dos portugueses que estavam no comando do Império.
O filme Independência ou Morte,1972, retrata a construção de um passado grandioso centrado na figura de D. Pedro I. É também um retrato nítido do quadro de Pedro Américo e dos relatos do dia 7 citados pelo historiador José Honório Rodrigues.
Assista ao filme:
A historiografia brasileira transformou D. Pedro I em vilão, ou seja, "o príncipe virou um sapo", ação associada a péssima conduta do Império . Mas devemos lembrar que um país sem passado, sem memória é um país sem alma, por esse motivo recuperamos nosso passado a partir da construção de Patrimônios Históricos e marcos que tendem a nos lembrar de um acontecimento do passado. Tais como o Museu Paulista no qual se encontra o quadro de Pedro Américo, "O Grito" a estrutura do Mausoléu de D. Pedro I, local onde repousa os restos mortais do herói da independência e de suas duas mulheres, a sabia Imperatriz Leopoldina e Dona Maria Tereza.
O Grito - Pedro Américo |
Mausoléu de D. Pedro I
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