Morte de Eric Hobsbawm é uma notícia triste para qualquer pessoa que aprecia história
A contribuição de Eric Hobsbawm para a compreensão da formação da sociedade capitalista entre os séculos XIX e XX foi essencial na formação de muitos pesquisadores do campo das Ciências Humanas. No ano de 1933, Hobsbawm, chegou a Inglaterra, na mesma década estudou em Cambridge, período em que comandou a celula local do Partido Comunista e participou de movimentos antifascistas. Lecionou no Birkbeck College e intergrou o Grupo dos Historiadores do Partido Comunista (CPHG). No Brasil sua obra foi apreciada a partir da publicação do quarteto de livros "A Era das Revoluções", "A Era do Capital", "A Era dos Impérios" e "A Era dos Extremos".
Entre as notícias de sua morte aos 95 anos gostei da publicação do site da Folha de São Paulo, que segue abaixo. Atenção para os vestibulandos se trata de um dos maiores nomes da historiografia do século XX.
"Não leríamos Hobsbawm para ter uma avaliação desapaixonada das limitações do comunismo; do mesmo modo, não encontramos muito em seu trabalho sobre o papel do gênero na história (esse é outro de seus pontos cegos). Mas o que poucos de nós podemos deixar de apontar é o tipo de realização extraordinária e abrangente, a transformação da história numa estória humana, da qual Hobsbawm foi pioneiro. Seu legado continua vivo sob a forma de uma escola de historiadores dinâmica e voltada para o mundo --um legado que impressiona mais ainda por emanar de um homem que não se interessou por fundar qualquer tipo de escola própria. Para qualquer pessoa que aprecie a história, sua morte é uma notícia muito triste. Que seus livros sejam lidos por muitos e muitos anos ainda."
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