terça-feira, 11 de novembro de 2014

Gabarito Avaliação do 3º EM

Queridos Alunos,
Segue o Gabarito da Avaliação do dia 05/11/2014


 1.  Era uma doença exótica, contra a qual os organismos dos europeus não tinham defesas. Veio da Ásia pela rota da seda. Veja: a epidemia, essa catástrofe, é, portanto, também um dos efeitos do progresso, do crescimento.
(Georges Duby. Ano 1000, ano 2000. Na pista de nossos medos, 1998.)


O texto refere-se à peste que atingiu a Europa no século XIV. Indique dois fatores, além da falta de defesa dos organismos dos europeus, que ajudaram na propagação da doença, e explique a associação, feita pelo texto, da peste com o progresso.


Resposta:

[Resposta do ponto de vista da disciplina de Biologia]
A peste bubônica e a pneumônica são causadas pela bactéria Yersina pestis e transmitida pela picada da pulga de ratos (Xenopsilla cheops). A propagação da doença na Europa, no século XIV foi favorecida pelas péssimas condições dos aglomerados populacionais e a inexistência, na época, de meios de tratamento da infecção.

[Resposta do ponto de vista da disciplina de História]
Um conjunto de fatores pode ser considerado para a contribuição da propagação, como a precariedade das condições de higiene nas cidades, a precariedade de hábitos de higiene pessoal ou o desconhecimento das causas da doença. O comércio europeu atravessava um momento de grande desenvolvimento, conduzido principalmente por mercadores italianos que passaram a dominar as rotas e portos do Mar mediterrâneo. Na Europa havia grande efervescência do comércio e da vida urbana.



 
2.   Estabeleça duas diferenças entre o conceito de democracia vigente em Atenas no período antigo e o conceito de democracia vigente no Brasil atual.


Resposta:

O conceito de democracia ateniense era direto e excludente: os poucos cidadãos (homens, maiores de 21 anos e atenienses natos) participavam diretamente das tomadas de decisão da cidade-Estado.

O conceito de cidadania do Brasil atual é indireto ou representativo e abrangente: todos somos cidadãos e elegemos um representante para tomar as decisões políticas.



 
3 . Com relação ao ornamento, Roma não correspondia, absolutamente, à majestade do Império e, além disso, estava exposta às inundações, como também aos incêndios. Porém, Augusto fez dela uma cidade tão bela que pode se envaidecer, principalmente por ter deixado uma cidade de mármore no lugar onde encontrara uma de tijolos.

(Adaptado de Suetônio, A Vida dos Doze Césares. São Paulo: Martin Claret, 2006, p. 91.)


Considerando o texto e o período de Otávio Augusto no governo de Roma, responda:

a) Qual a relação da nova urbanização da capital do Império com o período de paz que Augusto pretendia simbolizar?

b) Identifique uma medida social e uma medida política estabelecidas por Augusto para adaptar a tradição romana ao novo momento.


Resposta:

a) Otávio Augusto promoveu o que chamamos de Pax Romana durante seu governo em Roma. Na tentativa de reurbanizar Roma, que era um grande domínio, mas ainda carecia de uma melhor organização urbana (suas ruas eram estreitas e sujas, havia vários cortiços e prédios construídos com tijolo), Otávio promoveu uma grande reforma urbana para embelezar e engrandecer a cidade. A substituição do material utilizado nas construções (tijolo por mármore) simboliza a superação dos problemas enfrentados por Roma no final da República. A transformação da cidade indica o poder centralizador de Otávio. 

b) Otávio manteve a estrutura de poder da República (Senado), mas com poder meramente simbólico, centralizando a política em torno de si;
Otávio criou a divisão censitária na cidade, relacionando posição social e participação política com a renda dos romanos.



 
4. E, com efeito, concedemos a Moisés o Livro, e fizemos seguir depois dele, os Mensageiros. E concedemos a Jesus, Filho de Maria, as evidências e amparamo-lo com o Espírito Sagrado. E, será que cada vez que um Mensageiro vos chegava, com aquilo pelo que vossas almas não se apaixonavam, vós vos ensoberbecíeis?
Então, a um grupo desmentíeis, e a um grupo matáveis.
[...]
E, quando lhes chegou um Livro da parte de AlIah, confirmando o que estava com eles –
e eles, antes buscavam a vitória sobre os que renegavam a Fé – quando, pois, lhes chegou o que já conheciam, renegaram-no. Então, que a maldição de Allah seja sobre os renegados da Fé!
Alcorão, 2:87 e 89

Tradução do sentido do Nobre Alcorão para a língua portuguesa.
NASR, H. (trad.),
Complexo do Rei Fahd para imprimir o Alcorão Nobre: Medina, s./d.


a) Compare, do ponto de vista doutrinal, a religião muçulmana e as religiões judaica e cristã.
b) A Península Arábica no século VI caracterizava-se pela dispersão política e religiosa. Como a religião muçulmana favoreceu o processo de constituição de uma unidade político-religiosa na região?
c) Durante o século VII, além da expansão islâmica, surgiu a divisão entre sunitas e xiitas, que se mantém até os dias de hoje. Quais foram os motivos de tal divisão no século VII? 


Resposta:

a) Considera-se que a formulação da doutrina muçulmana pelo profeta Mohamed foi marcada por forte influência do judaísmo e do cristianismo. Enquanto participou das caravanas mercantis, Mohamed conheceu outros povos e religiões e percebemos elementos que permitem estabelecer uma ligação, tais como o monoteísmo, a existência de um livro sagrado, a presença do anjo Gabriel como anunciador da vontade divina e a crença em um paraíso.

b) Antes do islamismo os povos árabes estavam divididos politicamente em tribos e possuíam vários deuses.
Para os muçulmanos Mohamed é o último profeta / mensageiro de Deus. Do ponto de vista histórico, sua grande realização foi promover a unificação dos povos árabes, do ponto de vista político e religioso. A Crença num único Deus e a consequente luta pela imposição dessa ideia a todas as tribos, deram origem a um processo de centralização, com a criação do Islã, sob comando do califa, autoridade política e religiosa.

c) A divisão está associada às lutas internas pelo poder sobre o Islã, logo após a morte do profeta. Para os xiitas, seguidores de Ali, apenas os descendentes diretos de Muhammed poderiam liderar o Islã, enquanto que para os sunitas a liderança caberia a qualquer mulçumano virtuoso. 



 
5. No Natal de 800, o papa Leão III coroou Carlos Magno como Imperador dos Romanos. O Imperador recebeu o antigo título de Augusto.

a) Caracterize a autoridade de Carlos Magno como Imperador naquele momento.
b) Apresente dois aspectos do renascimento carolíngio.


Resposta:

a) A coroação de Carlos Magno como “Imperador dos Romanos” feita pelo papa Leão III ocorreu após uma aproximação de Magno e da Igreja Católica. Leão III, na verdade, corou Magno como Imperador do Sacro Império Romano Germânico. Magno, assim, tornou-se um grande defensor e disseminador da fé cristã pelos territórios já existentes e futuramente conquistados no citado Império.

b) Durante o governo de Carlos Magno, o Império Carolíngio atravessou uma fase de grande crescimento e esplendor, em especial nas áreas educacional e artística. Magno promoveu projeto educacional baseado nas artes liberais, a saber, aritmética, geometria, astrologia, música, gramática, dentre outras. No campo artístico, influenciada pelas artes romana e grega, a arte carolíngia caracterizou pela feitura das iluminuras e dos relicários.



 
6 [ 122772 ].   Durante o período das Cruzadas, São Bernardo de Claraval (1090-1153) escreveu:

“Mas os soldados de Cristo combatem confiantes nas batalhas do Senhor, sem nenhum temor de pecar por pôr-se em perigo de morte e por matar o inimigo. Para eles, morrer ou matar por Cristo não implica qualquer crime, pelo contrário, traz a máxima glória. (...) Em outras palavras: o soldado de Cristo mata com a consciência tranquila e morre com a consciência mais tranquila ainda.”

(São Bernardo de Claraval apud COSTA, Ricardo da. Apresentação: A Cruzada Renasceu? BLASCO VALLÈS, Almudena, e COSTA, Ricardo da (coord.). Mirabilia 10. A Idade Média e as Cruzadas. jan.-jun. 2010/ISSN 1676- 5818, p. XIII)

No que se refere às Cruzadas no período medieval, determine quem eram esses soldados de Cristo referenciados no trecho acima, quais as motivações para empreender suas batalhas e quais as suas consequências para o mundo ocidental daquele período.


Resposta:

Os “soldados de Cristo” eram todos os cristãos europeus que participaram das Cruzadas, em sua maioria, camponeses, liderados por nobres e reis. Para a massa dos participantes, o verdadeiro motivo era a fé, a luta contra os infiéis muçulmanos e a libertação da Terra Santa; no entanto, havia diversas outras motivações de cunho econômico e político. As cruzadas foram responsáveis pela abertura do Mediterrâneo ao comércio entre o ocidente e oriente, contribuindo para o renascimento comercial e urbano vivido pela Europa durante a baixa Idade Média.



 
7.   

Os séculos XVI e XVII marcaram a afirmação do absolutismo político na Europa, embora com particularidades em cada reino. Dois exemplos de reis absolutistas são Felipe II, cujos domínios eram tão vastos que se dizia que neles “o sol nunca se punha”, e Luís XIV, conhecido como “rei sol”.
Indique duas medidas estabelecidas pelo poder real que tenham auxiliado a afirmação do absolutismo político e dois fatores que funcionaram como resistência ao processo de centralização política. 


Resposta:

Como fatores para a afirmação do absolutismo político, podemos citar:
1) criação da Justiça Real, para unificação dos critérios de Justiça nos Reinos;
2) formação dos Exércitos Reais, para defender os Reinos e enfrentar possíveis resistências da Nobreza.

Como fatores que funcionaram como resistência ao processo de centralização, podemos citar:
1) manutenção dos privilégios nobiliárquicos;
2) desejo de ascensão política da burguesia.



 
8.   Leia os documentos apresentados a seguir.

Se rende-se culto ao Deus verdadeiro, servindo com sacrifícios sinceros e bons costumes, é útil que os bons reinem por muito tempo e onde quer que seja.

SANTO AGOSTINHO. A cidade de Deus: contra os pagãos. 3a. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1991. s. p.

O príncipe deve aparentar ser todo piedade, fé, integridade, humanidade, religião. Contudo não necessita possuir todas estas qualidades, sendo suficiente que aparente possuí-las. Até mesmo afirmo que se possuí-las e usá-las, elas lhes seriam prejudiciais.

MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Disponível em: <www.culturabrasil.pro.br/oprincipe.htm>. Acesso em: 4 abr. 2012.

Ambos os documentos tratam da postura do governante na administração de uma cidade ou de um reino. O primeiro foi escrito por Santo Agostinho, no século V, e o segundo, por Nicolau Maquiavel, no século XVI. Com base nos documentos apresentados, explique a relação existente entre religião e política
a) no pensamento medieval;
b) no pensamento moderno.


Resposta:

a) O pensamento medieval alicerça-se no princípio cristão. Nesse sentido, no primeiro documento, o governante deve guiar-se por tal princípio. Não há, para Santo Agostinho, a separação entre os princípios morais, religiosos e políticos. Ao responder às críticas que vinculavam a queda do Império Romano ao abandono dos cultos pagãos e à associação entre os governantes e o cristianismo, Santo Agostinho pretende demonstrar que somente um governante fiel ao Deus verdadeiro consegue manter-se no poder. Ao fazer isso, o filósofo submete a política à religião.
b) O pensamento moderno alicerça-se nos princípios da razão, da separação das esferas pública e privada e da autonomia. Nesse sentido, alguns desses elementos encontram-se no segundo documento. Para Maquiavel, o governante deve apenas aparentar ser religioso para alcançar a admiração de seus súditos, não se orientando pelo princípio cristão. Para manter-se no poder, o governante precisará fazer o mal, usando da razão para decidir quando essa ação será necessária. Escrevendo em um contexto no qual o processo de orientação da vida humana ganha gradualmente autonomia em relação à orientação moral da Igreja Católica, Maquiavel separa religião (moral religiosa) e política (ética política).



 
9. “Essencialmente, o absolutismo era apenas isto: um aparelho de dominação feudal alargado e reforçado, destinado a fixar as massas camponesas na sua posição social tradicional (...). Por outras palavras, o Estado absolutista nunca foi um árbitro entre a aristocracia e a burguesia, ainda menos um instrumento da burguesia nascente contra a aristocracia: ele era a nova carapaça política de uma nobreza atemorizada (...).”

ANDERSON, Perry, Linhagens do Estado Absolutista. Trad. Porto: Afrontamento, 1984, pp. 16-17.

a) Na perspectiva de Anderson, o Estado absolutista significou um rompimento drástico com relação à fragmentação política característica do período feudal? Justifique.
b) Na visão de Anderson, qual era o grupo social dominante nos quadros do Estado absolutista? Justifique.
c) Além dos elementos apontados no texto, ofereça mais duas características constitutivas dos chamados Estados absolutistas.


Resposta:

1.           Segundo o autor, que representa um dos expoentes da visão marxista de História, o Estado Absolutista não representa uma mudança drástica, pois preserva os tradicionais privilégios da velha elite feudal. Tal modelo, desenvolvido na Idade Moderna, apesar de possuir uma estrutura centralizada de poder, representou uma adaptação.
2.           Para o autor, a classe dominante é a nobreza, responsável pelo controle dos principais cargos políticos. Ministros, conselheiros e assessores do Rei pertenciam à nobreza, colocando essa classe social no controle do Estado.
3.           Os Estados Absolutistas garantiam privilégios ao clero e eram caracterizados por grande intolerância religiosa, principalmente nos países católicos, nos quais o poder do rei era justificado como sendo de origem divina. No campo econômico, os Estados exerciam forte intervenção e controle, preocupados em obter balança comercial favorável, segundo uma mentalidade mercantilista.
 
10.   Leia os textos a seguir.

Texto 1

Já havíamos chegado no ano da Encarnação do Filho de Deus, de 1348, quando, na cidade de Florença, sobreveio a mortífera pestilência. Por iniciativa dos corpos superiores, ou em consequência das nossas ações, esta peste, lançada sobre os homens por justa ira divina e para a nossa exemplificação, começara nas regiões orientais.

BOCACCIO. Decameron, 1348/1353. In: MARQUES, Adhemar; BERUTTI, Flávio; Faria, Ricardo. (Org.). História moderna através de textos. São Paulo: Contexto, 1994. p. 33.


Texto 2

– Esse terremoto não é novidade nenhuma – respondeu Pangloss. – A cidade de Lima experimentou os mesmos tremores de terra no ano passado, iguais causas, iguais efeitos: há com certeza uma corrente subterrânea de enxofre, desde Lima até Lisboa.
– Nada mais provável – respondeu Cândido.
– Como, provável? Sustento que é a coisa mais demonstrada que existe. […]
Pangloss consolou a todos, assegurando que as coisas não podiam ser de outra maneira. […] Um homenzinho de preto, familiar da Inquisição, que se achava ao seu lado, tomou a palavra e disse:
– Pelo visto, o senhor não crê no pecado original, pois se tudo está o melhor possível, não houve queda nem castigo.

VOLTAIRE. Cândido, 1759. p. 12-13. Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?setec_action=&co_obra=2239>. Acesso em: 22 out. 2013. (Adaptado).


Os fragmentos apresentados integram duas obras literárias, abordando, no texto 1, a Peste Negra, que assolou a Europa no século XIV, e, no texto 2, o terremoto que devastou a cidade de Lisboa em 1755. Diante do exposto, explique como:

a) os textos interpretam, de modos diferentes, a causa dos fenômenos abordados;
b) o texto 2 associa-se à filosofia iluminista.


Resposta:

[Resposta do ponto de vista da disciplina de Filosofia]
a) O Texto 1 afirma que a causa da mortífera pestilência era a justa ira divina dos corpos superiores que decididos a corrigir nossas ações viciosas resolveram iniciar pelo oriente uma pandemia. Ou seja, o Texto 1 reflete uma interpretação religiosa da doença e sua causa. Já o Texto 2 afirma ser a causa do terremoto uma corrente subterrânea de enxofre de Lima até Lisboa, e ele argumenta que os eventos não são extraordinários, mas sim são previsíveis, de modo que não existe nenhuma ação milagrosa de corpos superiores causando esses desastres. Ou seja, o Texto 2 reflete uma interpretação científica do abalo sísmico.

b) O Texto 2 se associa ao Iluminismo ao manter uma atitude fria e calculista diante do evento natural, e também ao asseverar que o conhecimento científico sobre esses fenômenos descreve a realidade na sua mais perfeita precisão, sendo, por conseguinte, inexistente desnecessária a sabedoria divina sobre o paraíso e outras noções bíblicas.

[Resposta do ponto de vista da disciplina de História]
a) O texto 1 considera que a peste é expressão da “justa ira divina”, ou seja, um castigo de Deus imposto aos homens, retratando a visão teocêntrica e dogmática da realidade, expressão das concepções culturais oriundas da sociedade feudal, na qual a Igreja Católica monopolizava o conhecimento e interpretava a realidade. O Texto 2 busca uma interpretação racional para o terremoto de Lisboa e, na forma de diálogo, admite interpretações diferentes sobre o ocorrido, demonstrando uma mudança no comportamento cultural da sociedade europeia.

b) A filosofia iluminista – da qual Voltaire é um dos mais destacados representantes – aprofundou o racionalismo que se caracterizou pela confiança na razão, no progresso e na ciência; e o poder de reflexão dos homens modernos.

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Renascimento Comercial

O DESENVOLVIMENTO COMERCIAL

A partir do século XII desenvolveram-se quatro pólos de comércio na Europa ocidental : Itália, Flandres, Suécia e Alemanha atuais.Os comerciantes italianos iam até Constantinopla, onde compravam mercadorias para revendê-las na Europa.
Entre esses centros comerciais criaram-se vias de acesso terrestres, fluviais e marítimas, para o transporte das mercadorias. Os mares Mediterrâneo, Báltico e do Norte ficaram repletos de navios.
No cruzamento das principais estradas, surgiram no século XII as feiras internacionais. Nelas, prazo de algumas semanas, os mercadores vendiam uma grande variedade de produtos e acertavam novos negócios. Terminada a atividade, vendedores e cambistas deslocavam-se para o local marcado para a realização de outra feira. Tratava-se de um comércio itinerante, mas ativo quase o ano todo.
As  principais feiras desse período Histórico localizavam-se na região de Champagne, na França.
O desenvolvimento comercial tornou também mais complexa a estrutura financeira, fazendo surgir novos meios de pagamento, como as letras de câmbio.
As rotas marítimas: o Mediterrâneo - A partir do século XII, o comércio internacional, através do mar mediterrâneo, deixou de ser monopólio dos árabes, pois, aos poucos, foi sendo conquistado pelos burgueses das cidades italianas de Veneza, Gênova, Pisa, Amalfi e da Sicília.
As caravanas que percorriam os caminhos da Ásia, trazendo as mercadorias orientais até o mar Mediterrâneo, continuaram sendo controladas por mercadores árabes.
Graças a sua posição estratégica entre o Oriente e o Ocidente, Veneza tornou-se a primeira potência marítima do Mediterrâneo. Através do porto de Constantinopla, os venezianos compravam porcelana e seda, perfumes e algodão, especiarias (sal, pimenta, cravo, noz-moscada, etc.), brocados, estofados e marfim. Em troca, os italianos vendiam tecidos (produzidos em Florença e Milão, na Itália, em Flandres e no sul da Alemanha), madeira e ferro (para fabricação de barcos e armas), além de escravos brancos.
Os venezianos também dominavam as passagens dos Alpes, que os colocavam em contato com o resto da Europa, onde vendiam  os produtos que adquiriam no Oriente.
Por volta de 1280, a moeda veneziana (ducado de ouro) era padrão monetário do comércio internacional, como o dólar é atualmente.
Gênova era a segunda força marítima do Mediterrâneo. Seu império concorria com Veneza no Oriente e no Ocidente.
Impulsionados pelo espírito de lucro, os comerciantes italianos estabeleceram relações comerciais italianos estabeleceram relações comerciais com os muçulmanos. Os desejo de obter lucros em seus negócios estava acima de tudo. Por isso, não levavam em consideração as ameaças de excomunhão feitas pelo papa, que condenava as atividades lucrativas dos mercadores e banqueiros.
 As rotas marítimas: o mar do Norte e o mar Báltico : Quando os normandos ou vikings ocuparam o norte da Europa, nos séculos VIII e IX, o comércio viking na região intensificou-se através das vias fluviais. Em plena Alta Idade Média, cidades como Birka , na Suécia, e Haithabu, na Dinamarca, exportavam escravos europeus e jóias, feitas com metais preciosos, para o Oriente. Portanto, o comércio na Europa setentrional nunca desapareceu totalmente. Isso explica por que, na Baixa Idade Média, a rota do mar do Norte e do mar Báltico tornou-se a mais ativa do comércio internacional, incluindo Flandres. Na cidade de Visby, no mar Báltico, comerciantes alemães fundaram uma companhia comercial que monopolizou, em 1160, a venda de pescado, peles e madeira à Noruega e Suécia. Em 1230,os comerciantes de Lubeck, Hamburgo e de outras cidades do mar Báltico e do Norte formaram uma associação para evitar a concorrência inglesa no comércio de lã e estanho. Em função de interesses comuns, essas duas companhias aliaram-se em 1358, formando a Grande Hansa Germânica. Suas atividades comerciais estenderam-se da Europa à Ásia e chegaram a reunir comerciantes de noventa cidades. A  Grande Hansa possuía entrepostos em Londres, Bruges, Bergen e novgorod e comercializava cereais, peles, cera, mel, madeiras, pescado, tecidos, lã , vinho, sal e especiarias.
AS ROTAS TERRESTRES - A partir do século XIII, a mais importante rota terrestre no Ocidente era a que ligava o norte da Itália a Flandres. Essa rota estava ligada a várias outras, completando assim a circulação de mercadorias entre os grandes pólos comerciais da época: Constantinopla, cidades italianas e Flandres.
Esse conjunto de vias era chamado de rota da champagne, pois era nessa região da França, a meio caminho entre a Itália e a Provença de um lado, Flandres e Alemanha de outro, que se realizavam as principais feiras comerciais da época.
Havia também rotas terrestres  e marítimas que ligavam a Espanha e a Inglaterra com a Champagne.
ACUMULAÇÃO DE CAPITAL - No sistema feudal, os empréstimos de dinheiro eram em geral feitos por judeus e atendiam às necessidades imediatas da população : o camponês, que teve uma má colheita , ou senhores feudais, que precisaram financiar uma guerra, por exemplo.
Porém, com o desenvolvimento do comércio, os comerciantes e produtores tinham necessidade de tomar emprestados grandes valores em dinheiro para tocar seus negócios. Começaram então a surgir os bancos, com o objetivo de emprestar  dinheiro para os empreendimentos comerciais, agrícolas e industriais. Com o dinheiro que tomavam emprestados dos bancos, os empresários ampliavam seus negócios, obtinham mais lucros e, assim, iam acumulando capital.

A Igreja, cuja riqueza baseava-se na posse da terra, condenava o lucro e, principalmente, os empréstimos a juros. No entanto, aos poucos ela foi se adaptando á nova situação histórica e tornou-se mais tolerante com a prática da usura. Assim, suavizou as leis contra a cobrança de juros e até passou a justificá-la. Uma das justificativas, por exemplo, era a seguinte : se um banqueiro, em vez de emprestar seu dinheiro, o aplicasse em algum emprestar se dinheiro, o aplicasse em algum empreendimento, certamente teria algum lucro . Então, era justo que o comerciante, que tomou o dinheiro emprestado do banqueiro, lhe pagasse algum juro pela utilização que fez do capital que não lhe pertencia.

Tabela de compreensão sobre as civilizações da antiguidade

Antigüidade Oriental
Civilização
Origem
Desenvolvimento
 Economia
 Cultura / Sociedade

Império 

Persa
Com a unificação em 550 a.C., entre Persas e medos, o Rei Ciro funda  O Império Persa
O Rei Ciro dominou a região do rio Indo ao mediterrâneo e do Cáucaso ao Oceano Indico , o Império aumenta com Cambises e Dario I , no entanto a derrota para os gregos na batalha de maratona impede o desenvolvimento do Império.

As atividades mais importantes foram a agricultura e o comércio
- inúmeras estradas
- uniformização dos persas e criação da moeda Dario 

A sociedade Persa era Hierarquizada
A religião era  politeísta. Mais tarde porém, sua religião foi inovada pelo profeta Zaratustra ( Zoroastro ), suas idéias foram reunidas no livro Avesta.
Existiam apenas dois deuses: o do bem Aura-Mazda, e o do mal, Ahriman, aos homens cabia escolher seu próprio destino.
- A cultura persa desenvolveu a cerâmica e difundiu a cultura dos povos dominados , dos mesopotâmicos assimilaram a escrita cuneiforme, a matemática dos babilônicos e a grandiosa arquitetura assíria.  

Hebreus              
Povos nômades  e pastores conduzidos por Abraão  a Canaã
Por volta de 1700 a.C., depois de uma longa seca , os hebreus deslocaram-se da Palestina para o Egito onde foram escravizados em 1580 a.C.Em 1250 a.C. , conduzidos pelo líder Moisés, os hebreus tentaram retornar à Palestina. Essa fuga dos hebreus ficou conhecida como Êxodo.

Salomão, aproveita-se da boa localização de Israel e dinamiza a economia chegando a comercializar nos longínquos reinos da Arábia e da África  Oriental .
Após a morte do Rei Salomão o reino se divide  entra em decadência.

Dividiam-se em tribos e não em classes o  chefe da tribo era o Patriarca apoiado por juizes;
Comemoravam a Páscoa, para recordar a saída do Egito.
Pentecostes para recordar o recebimento das tábuas das leis.
Religião monoteísta;







  
Antigüidade  Oriental

Civilização
Origem
Desenvolvimento
Economia
Cultura / Sociedade



Fenícios
Ocupavam uma faixa estreita com cerca de 200 quilômetros de largura e 50 de comprimento, devido a característica da região voltaram-se para as atividades marítimas
Devido aos portos naturais surgem Cidades - Estados,  a mais importante foi Tiro
Dominaram todo o mediterrâneo e fundaram colônias na costa da África - Cartago, e na Espanha - Cádiz .   
Desenvolveram o comércio marítimo e a manufatura
Transformaram matérias - primas
em  armas de ferro e bronze , produziam jóias e tecidos de lã de cor púrpura . 
O Deus protetor era Baal
Astrate era  deusa da fecundidade
Adônis, que representava o renascimento da vegetação
Criaram o alfabeto que depois foi aperfeiçoado pelos gregos.

Cretenses  
Ilha de creta, no mar  Mediterrâneo, próximo a Grécia e o Egito.
Cnossos e  Faísto  são as cidades que se destacam

 
Por volta  de 1700 a.C, uma catástrofe na ilha destruiu  as duas principais cidades, fase em que o rei de Cnossos , Minos , impôs sua autoridade e criou um enorme Império Marítimo, destruído em 1400 a.C.      
Desenvolveram o trabalho artesanal com metais e o comércio marítimo , efetuando troca em diversas regiões do mediterrâneo.  
Adoravam, em primeiro lugar a Grande - Mãe, protetora da  fertilidade  e o Touro como Deus inferior
A arquitetura era marcada pelo excesso de salas e a maneira da disposição “labirintos”
Escrita , era semelhante a dos egípcios     



Orientação de Estudo 2º EM

Caros Alunos,

Segue a orientação de estudo para nossa avaliação do dia 10/11.

Os temas abordados estão nos Módulos 12  inteiro e 18 capítulos 1 e 2.

BOM ESTUDO!

Data da realização
Tema(s)
Data do instrumento corrigido
Valor do instrumento
Nota
obtida
10/11
Ø A Crise econômica de 1929;
Ø O Fascismo Italiano;
Ø O Nazismo;
Ø Crise Capitalista e autoritarismo;
Ø A Vinda da Família Real;
Ø O I Reinado;

17/11
10,0